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Mameluco Canibal

Uma loucura leva à outra. Teve essa história de o Junior Abreu participar daquele single do Zé Sem Nome e logo na sequência ele lançou também uma parada novinha: “Só pro teu dia alegrar”, com o Diego Cruz, com quem forma o Mameluco Canibal. Outra onda.

Nesse caso, é bem mais fácil entender a letra: “sou capaz de tudo até mover o muro / só pro teu dia alegrar / corro riscos, enfrento o mundo / só pro teu dia alegrar / dou nó em pingo d`água / só pro teu dia alegrar / enfeito noites com castelos / pinto de cores todo o resto / só pro teu dia alegrar / finjo paz quando há guerra / acalanto as noites de trevas”.

Dá pra chamar de muitas coisas, isso aí. Clipe feito com o celular. Música de estreia. Guitarras cremosas. Dá até pra correr o risco de dizer que Abreu e Cruz estão lidando com o grande combustível da música pop. Aquele papo de amor, sabe qual é? Em tempos pandêmicos, um ingrediente assim, pros mais ranzinzas, pode parecer ainda mais piegas. Mas a dupla aperta o bom e velho botão do F… “F” de “fazer”, sacou?

Cruz (esq.) e Abreu fazem de tudo pra alegrar o dia de alguém
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Gostinho de hoje

Anderson Badaró e Junior Abreu são velhos conhecidos. Já até fizeram live juntos no Instagram, veja só. Mas, melhor do que isso, são dois caras que insistem em compor. Cada um separadamente soltou uma música que estava lá engavetada. E elas — coincidentemente — ganharam o mundo com um ar de atualidade que chama a atenção da gente. Parecem ter a ver com a época que estamos vivendo: “Eu direi apenas coisas que você quiser ouvir”, do Verbase, e “Vai passar”, da Ursa Maior. Soam “atuais”, sim, ou “bem contemporâneas” por causa de seus títulos, suas letras, suas densidades…

Mas não são de agora. “Eu direi apenas coisas que você quiser ouvir” é de 2002 e acabou não entrando em nenhum disco. Ganhou vida agora depois que Badaró montou um estúdio e conseguiu trabalhar melhor umas coisas que vinha matutando. A faixa deve entrar num disco que ele espera lançar até o fim do ano. “Vai passar” é um pouco mais nova, tem cinco anos. “Profetizei, sem querer, cara”, brinca Abreu.