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@monteiro4852 #58

A noite de ontem foi dedicada às cervejas.

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@monteiro4852 #57

Quando a gente erra no número, dependendo da situação, pode dar merda.

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Minguante

Os balcões dão à gente a chance de ouvir muita coisa. Tem muita bobagem. Mas conte também com razoáveis lições de vida. E piadas. De todos os tipos, sendo que a maioria não é razoável, se é que se pode mesmo esperar isso de um chiste. Dava para dispensar as chatices tipo as do pessoal que reclama dos pedintes que “daqui a pouco vão ter máquina de cartão para tirar dinheiro nosso”. Dava também para não ter assim tantas baratas na calçada, porque, ao contrário dos balcões, elas rendem mais gritinhos histéricos do que ensinamentos. Além de quase invariavelmente piorarem o carma da rapaziada que se vale de pesados calçados na condução de esmagamentos atabalhoados e bem pouco cinematográficos.

“É, a gente brigou. É sempre assim, a senhora sabe”, choraminga a moça que, parecendo exausta,  desaba debruçada sobre uma mochila, duas sacolas de mercado e uma quarta bolsa que parece mais pesada do que todas as três primeiras juntas. Quase um acampamento. Ela reclama do marido, numa ladainha que pelo sorriso — debochado? desdenhoso? — a atendente parece reconhecer. E como que para eleger a noite como definitivamente apropriada para a piora dos carmas dos presentes, aquela-que-dá-cervejas-a-quem-pede-desde-que-pague-na-hora coloca uma pilha bem errada: estimula a falação da cliente sofredora. Sob os olhares desaprovadores de todos os outros presentes, que chegam a oito cabeças, porque é um balcão comprido, a reza se estende por uns bons 15 segundos. E, de repente, como acontece nos balcões, o pessoal conseguimos a liberdade, fugindo completamente daquele teaser de novela mexicana.

Nada contra as tramas televisivas daquela nacionalidade. Estão repletas de ensinamentos, assim sem aspas mesmo, e assim como os balcões. Quando acontece de os dois universos se misturarem, aí, olha, aí é um prêmio na loteria. Uma chance de lidar melhor com o desembrulhar do carma. Quer coisa melhor do que perceber o incômodo na voz de um intelectual cachaceiro? Ah, sim, o capítulo que estava em andamento: o beberrão seboso se incomoda com  os movimentos de um outro que, rapidamente, consegue embrenhar-se na prosa de duas moças. Elas, além de darem trela, dão sorrisos, o número do WApp, aceitam cervejas, cobrem de elogios a empadinha já famosa que toparam também como mimo e… E está mexicanizada, a novela do bar. Olhares dos quais escorrem ódios. Falas que desenterram problemáticas antigas. Espetáculos assim não são pra qualquer um. Quem ficou atento ao início mal pode esperar pelas próximas cenas. A noite naquela calçada úmida promete ser quente. O pico deve ficar árido.

Quem está sob a luz da lua, que naquela noite de dança dos agravamentos cármicos é por acaso minguante, tem a chance de perceber a Fiscalização se aproximando. Geral parece saber que é assim, com maiúsculas, que aquele pessoal uniformizado gosta de ser tratado. É quando há uma união, mesmo que rápida, entre o pessoal que acha que está enricando além da conta o dono do bar. Há temor, além de um inexplicável desejo de desafiar a Lei. Referem-se à Lei, assim, com maiúscula, mas com dúvida. E isso aumenta o desejo de pagar para ver. Ainda mais que quem vai pagar mais caro, no fim de tudo, é o proprietário do estabelecimento. Ele preferia que a “brincadeira” ficasse só na questão do carma. Mas nem sempre é assim.

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@monteiro4852 #56

Vai ter que trabalhar isso aí. Ficar só no medo não adianta nada.

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@monteiro4852 #55

Churrasquinho é coisa do passado. Ou do futuro? Vai saber…

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@monteiro4852 #54

Frio, hoje, hein!? Pra esquentar, vai ser o quê? Uma cachacinha?

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Um poeminha não dói

Detalhe da capa de “Sete poemas de casulo e fuga”, de Carolina Medeiros

“Perder-me / Há de acontecer / A ti / E a mim” É assim que Carolina Medeiros começa batendo em “Sete poemas de casulo e fuga”. Batendo porque isso é sim um tapa na cara e, vá lá, porque o trabalho é todo feito co’uma máquina de escrever. Suspire aí você também. É o tipo de empreitada que faz a gente lembrar prazerosamente de décadas atrás, quando era mais comum ver zines xerocados circulando por aí. Naquela época, anos 80 e 90, de vez em quando, um deles gritava na cara do leitor. Ou, como é o caso deste aqui, chegava ressoando como um tabefe.

A gente precisa de tapa na cara? Por que a gente precisa de tapa na cara? Vamos descartar as respostas que a Polícia eventualmente tenha para nos dar. E também não precisa achar que bater é a meta da autora deste zine. O que não dá pra fazer é ficar sem sentir o que ela provoca.

“Sete poemas de casulo e fuga” tem também umas figuras, no miolo. De casulos. E de insetos. Não chega a ser um pôster central. A gente passa por lá e quer voltar logo para o que está escrito. Mas… CM não é de dar ponto sem nó e… Algumas visitas depois, surge a impressão de que aquilo, ali, de alguma maneira, reafirma a posição “feminista” da artista.

Vamos agora jogar uma luz no detalhe da encadernação: as páginas são presas por uma linha e dois nós. Uma referência aos bordados com que a autora também trabalha? Um mimo? É lá e cá, o negócio: um detalhe fofo, um sopapo. Um mata-leão, um afago/abraço. Atenção!

Dá para dizer que os poemas são densos. Dá para dizer que são confessionais. Lidos de uma tacada, os versos parecem montar um filminho. Com figurino bem pensado/caprichado, claro. Carolina Medeiros capricha. Entre em contato com ela por e-mail: carolamedeiros@gmail.com.

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@monteiro4852 #53

Revisited. Revisited. Revisited. Máquina de escrever não funciona sozinha, né? Love is in the air.

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@monteiro4852 #52

Carinha de anjo. “Anjo de cu é rola.”

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@monteiro4852 #51

O Galo agora já é passado. Que venha o futuro.